Nas areias do deserto… Ou melhor, sob os arranha-céus de Dubai, um esporte aprimorado no Brasil virou febre. E não é de hoje. A relação dos Emirados Árabes Unidos com o jiu-jítsu brasileiro, o BJJ, vem de mais de três décadas.

Começou nos anos 1990, quando um jovem chamado Tahnoon conheceu o esporte durante uma viagem aos Estados Unidos. Gostou tanto que, na volta, abriu uma academia de artes marciais.

Estamos falando de ninguém menos que xeique Tahnoon bin Zayed Al-Nahyan, filho do fundador dos Emirados Árabes, xeique Zayed bin Sultan, e irmão do atual emir da capital, Abu Dhabi, Khalifa bin Zayed (que acumula o cargo de presidente do país).

O fato é que a academia de Tahnoon ajudou a popularizar o jiu-jítsu no país, que passou a ser ensinado nas escolas e nas forças armadas. A partir daí, o caminho foi aberto para vários lutadores brasileiros fazerem dos Emirados Árabes seu lugar.

Hoje, é possível até encontrar filias de academias brasileiras, como a Royce Gracie Jiu-Jítsu Academy Dubai e a Team Nogueira Dubai.

Professor Rafael Haubert, da Team Nogueira em Abu Dhabi

O gaúcho Rafael Haubert, é um dos mais de 700 treinadores brasileiros que passaram por Dubai desde os

anos 90. Ele chegou aos Emirados Árabes em 2009, convidado a dar aulas para estudantes locais. “A família real é a responsável pelo desenvolvimento do jiu-jítsu por aqui e por existir tantos brasileiros trabalhando hoje nas escolas, forças armadas e academias”. O Xeique Tahnoon é o que a gente chama de godfather [padrinho] do jiu-jítsu nos Emirados Árabes. Seu irmão, o crown prince [príncipe herdeiro de Abu Dhabi], xeique Mohammed, deu todo o suporte [ao esporte] e ama o jiu-jítsu, assim como seus filhos”, conta.

E a paixão não atingiu apenas os príncipes de Abu Dhabi, como também outras casas reais do país, que é composto por sete emirados, cada um com seu próprio monarca. A princesa Maithan bint Mohammed al-Maktoum, filha do emir de Dubai é outra praticante do esporte, assim como xeique Tarik bin Faisal Al-Qasimi, príncipe integrante da família real de Sharjah. O próprio xeique Tarik se tornou sócio de brasileiros, ao abrir uma filial em Dubai da academia Team Nogueira, dos irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, em 2013.

 

Fonte e créditos: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/esportes/audio/2021-10/jiu-jitsu-brasileiro-e-febre-ha-tres-decadas-nos-emirados-arabes


 

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