Este ano é o 21º aniversário de mulheres competindo no Campeonato Mundial da IBJJF. As mulheres fizeram sua estreia no Mundial em 1998, dois anos após o primeiro torneio para homens. Duas décadas depois, muitos dos competidores mais dominantes e as equipes femininas mais fortes que vemos sendo representadas no Mundial ainda são influenciadas – ou até mesmo lideradas – pelas mulheres que foram pioneiras em uma maneira de que as competidoras femininas florescerem no esporte.
Vamos conferir nas equipes com as representações femininas mais fortes do Mundial e como elas chegaram lá.
Checkmat
Afiliações como na Checkmat são tão grandes agora que não é garantido que todos os concorrentes que são tecnicamente “companheiros de equipe” treinarem juntos regularmente. Ainda assim, há afiliações que tendem a estar associadas a fortes concorrentes do sexo feminino. Checkmat é uma dessas equipes, talvez porque a primeira competidora em período integral, a tricampeã mundial Alessandra “Leka” Vieira (1999, 2002, 2005) agora treina sob sua bandeira e comanda o Checkmat Valencia. Ela investiu na unificação das mulheres através do jiu-jitsu com seu projeto social, Wonder Women BJJ.
Gracie Humaita
Letícia Ribeiro deu seus primeiros passos em direção ao seu legado como um ícone no jiu-jitsu feminino em 2000, quando conquistou seu primeiro título incrível de nove títulos mundiais. Ela ainda era faixa marrom quando derrotou a já consagrada campeã de faixa preta Leka Vieira, e desde então passou a se tornar uma das competidoras e treinadoras mais conhecidas no esporte, independentemente do gênero. Ribeiro criou indiscutivelmente a equipe feminina mais estabelecida no esporte, dominando todas as gerações. A própria Ribeiro reivindicou a era do início dos anos 2000, ao mesmo tempo em que criava suas protegidas Ana Carol Vidal e a “Lady GOAT” Beatriz Mesquita, com a última ainda dominando o jogo hoje.
Brazil 021
Continuando o crescimento do jiu-jitsu feminino, temos a pentacampeã mundial Hannette Staack, título que ela reivindicou pela primeira vez em 2002. Agora, é hora de esclarecer algo que pode ser confuso: enquanto Leka Vieira foi a primeira faixa preta feminina a ganhar um prêmio. título mundial, ela não foi a primeira mulher a ganhar o Mundial.
Com a vantagem de ser uma artista marcial multidisciplinar, Rosângela Conceição reivindicou o título mundial da primeira mulher como faixa-roxa. No entanto, em 2007, Staack faria uma declaração ao derrotar a campeã mundial e olímpica nas finais absolutas do ADCC, consolidando seu lugar como uma das maiores competidoras no jiu-jitsu feminino. Não são sempre nas maiores equipes que causam os maiores impactos. A Staack está retornando ao Mundial pela primeira vez desde 2013, competindo ao lado de sua aluna e companheira de equipe Kristen Mikkelson. Você pode encontrar Staack de volta na divisão dos pesos médios, enquanto Mikkelson assume os pesos leves.
Atos
Angelica Galvão estabeleceu-se como uma feroz competidora em todos os escalões. Recentemente, ela tem se concentrado mais em construir o que veio a ser conhecido como “Exército de Angélica”. Galvão montou uma equipe formada por duas campeãs experientes como Luiza Monteiro, com o talento promissor, incluindo a faixa-preta Nicole Sullivan e o crescente bulldog do faixa-roxa, Crystal Gaxiola. Sua equipe está crescendo rapidamente e trazendo sérios números para as divisões femininas na próxima semana, tornando a Atos conhecida por mais do que apenas a equipe masculina.
Passado ou presente, é excelente ver a bandeira feminina ser representada forte no nível mais alto, independentemente da afiliação da equipe. Ainda há muito espaço para crescer, mas, graças a essas mulheres, é possível que a próxima geração suba para novos níveis. Pegue essas mulheres da power house e mais e o Campeonato Mundial da IBJJF de 2019 para ver até onde chegou o jiu-jitsu das mulheres.
