Um dos grandes sonhos dos fãs brasileiros de luta é que o jiu-jítsu se tornasse esporte olímpico. A modalidade, popularizada no mundo inteiro pela família Gracie, seria uma grande esperança de medalhas de ouro para o Brasil.

Encontrar uma resposta para a pergunta “por que o Jiu-Jitsu não é olímpico?” requer muita pesquisa e convicção para não falar qualquer coisa.

Existe um órgão que é encarregado de decidir se o esporte entra no programa olímpico ou não, que é o COI (Comitê Olímpico Internacional). Além dessa decisão, é importante ressaltar que para um esporte entrar, outro deve sair e para algum esporte sair, há uma grande análise feita também pelo COI. Outra regra é que para um esporte ser de caráter olímpico, deve ser praticado por homens em, no mínimo, 75 países e 4 continentes e por mulheres em 40 países e três continentes. Além disso, ainda que um esporte não esteja incluso no programa olímpico, ele pode sim ter um reconhecimento do Movimento Olímpico e esse é o primeiro passo para que um novo esporte seja trazido para o programa. Mas, para isso, a Federação Internacional do esporte deve existir há pelo menos dois anos – além de ter que provar para o Movimento que ele tem caráter olímpico e um estatuto.

Para que a inclusão da modalidade seja aprovada, o Comitê considera diversos critérios como:

  • Igualdade de gênero: Um dos maiores adversários na atualidade. Os esportes de luta brasileiros, especialmente o judô, tem trazido muitos resultados positivos para o Brasil nos últimos anos e com certeza não seria diferente no Jiu Jitsu. Acredito que a melhor alternativa para uma valorização do esporte feminino parte sim dos eventos, mas também das escolas ao dar mais espaço para as mulheres, seja com horários exclusivos, uma metodologia que atenda ambos os gêneros e acima de tudo, reconhecimento e respeito.
  • Mínimo impacto do esporte sob a infraestrutura da competição e a complexidade dos custos operacionais: Ou seja, não precisar criar uma estrutura nova para abrigar as competições, o que creio não ser um problema, já que o judô é um dos esportes olímpicos mais tradicionais.
  • O esporte precisa ser regido por uma Federação Internacional (que é o núcleo de cada modalidade, como a aquática por exemplo, que rege todos os esportes praticados na água): Chegamos ao provável grande ‘’vilão da história’’, já que o que não faltam são federações e ligas e confederações… enquanto o esporte não for unido e chegar a um acordo, vamos continuar tendo milhares de ‘’campeões mundiais’’ por ano..Dentre as principais estão IBJJF e UAEJJ. Torcemos para que esta barreira também seja vencida, tendo como norte o bem dos praticantes e atletas, que são quem formam o esporte.
  • O esporte deve ser praticado na maioria dos países do mundo: Estamos em plena fase de crescimento nesta área! Somos o esporte individual que mais cresce no Brasil, mas e no mundo? Digitalmente chegamos a 196 países, presentes em mais de 60% da Europa, pela América do Norte, grande parte da Ásia e África, ainda temos muito a crescer!

Concluímos que o futuro do Jiu-Jitsu está nas mãos de todos os praticantes e principalmente organizadores de eventos. Esperamos que estes sempre tomem decisões pensando no bem da comunidade e do futuro da arte suave. Apenas a união pode mudar este cenário e nos levar ao próximo nível!

 

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